domingo, 21 de novembro de 2010

A MEDITAÇÃO XAMÂNICA COMO MECANISMO DE AUTOCURA




Na meditação xamanica utilizamos varias ferramentas associadas para mobilizar o conjunto corpo-emoções-mente e espirito para penetrarmos em nosso conteúdo inconsciente e lidarmos com fatos arquivados em um momento em que não tínhamos forças e recursos para lidar com os mesmos, e este acesso permite que nos curemos.

Meditar em si já é saudável, pois o nosso ritmo em atividades normais produz em nossa mente uma emissão de ondas eletromagnéticas do tipo alfa (14 a 40 Hz) e ao entrarmos em relaxamento, colocando a atenção em funções orgânicas como a respiração e batimento cardíaco, nosso ritmo energético lentifica-se para ondas beta (7 a 14 Hz) e como a vibração do planeta está em 13 Hz (Ressonância Schulman) entramos em compasso com o mesmo, nos harmonizando. Quando estamos produzindo ondas alfa, estamos acelerados em relação ao planeta, como se vivêssemos no futuro, gerando ansiedade, medos pela desconexão, e desgaste celular nos levando ao envelhecimento precoce.

Se acrescermos a meditação os sons harmônicos, relaxantes, seja por toque de instrumentos, ou de musica gravada, as ondas que compõe a musica atuam não somente em nossos ouvidos e mente, mas são percebidos por todo nosso campo eletromagnético, na pele atuando em nosso sistema nervoso, nos sensibilizando e trazendo de volta ao presente, reduzindo nosso ritmo mental, distraindo parte de nossa mente consciente, reduzindo nossas defesas e censuras internas, nos predispondo a acessar o conteúdo do inconsciente.

Com estas duas ferramentas, meditação e musica, e pela lentificação do ritmo cerebral, nossa capacidade de aprendizado se magnífica, pois temos maior nível de concentração, mudamos o foco do tumulto do mundo exterior comandado pelo Ego, para nosso mundo interior, orientado pela somatória do consciente e inconsciente, em mesmo ritmo, harmonizando-nos com tempo-espaço planetário, e entramos em fluxo, reduzindo tensões energéticas, despertando nossa sensibilidade e intuição, permitindo que entremos em estado Amplificado de Consciência.

Na meditação xamanica, se utiliza a evocação de um animal de poder, ou de símbolos em geral, o que tem função orgânica, pois faz com que nossa mente instintiva, que atua normalmente como uma voz interna, gerada no cérebro reptiliano, a qual contém todos os aprendizados e adestramentos dentro das verdades (crenças) que assumimos como leis internas, se ocupe e concentre em gerar a visualização do objeto da forma mais nítida e detalhada possível, e por a mente não saber diferenciar o que é experiência realmente vivida da percepção imaginada, se distraia de defender nossas crenças, que não desejamos abrir mão, pois nos geram sentimento de segurança, e acabam por nos auto-sabotando.

O animal de poder, assim como todo arquétipo trazido a mente tem uma função de trazer a busca da cura do Ser, trazendo para Luz da consciência, algum conteúdo do inconsciente (lado sombra), onde estão todas nossas forças, habilidades latentes, assim como os conteúdos emocionais que na época que aconteceram, ainda não tínhamos a maturidade emocional para lidarmos com o fato adequadamente. Deste modo com o auxilio do animal visualizado, pode-se conduzir a pessoa em meditação tanto ao lado sombras, como para lucidez de sua alma, unindo inconsciente para supra consciente, mantendo a consciência como observadora.




Para entendermos melhor este mecanismo, vamos explorar nosso funcionamento interno:

Nossos sentidos percebem ondas energéticas com determinadas freqüências e entidades, cada objeto ou ser tem uma assinatura energética característica. Conforme crescemos e ao entrarmos em contato com as mesmas, aprendemos a perceber o que é material com imagem associada a uma nomenclatura, geradas pela informação do nome do mesmo, gerando a compreensão mental, oriunda da decodificação da emissão energética, do que é, por exemplo, um gato, e esta percepção se torna um código que dura toda nossa vida, parte de nosso banco básico de informações, e é a nossa primeira experiência com o gato que nos da um significado intelecto-emocional.

Só é possível a leitura deste artigo a quem aprendeu o alfabeto (imagens) a associar cada letra a um som, e a soma de letras a palavras, e geramos um processo mental inconsciente, onde todo nosso conhecimento se torna em um processo energético codificado, graças ao potente computador que é nosso cérebro.

Nosso corpo irradia pela sua constituição energética um campo eletromagnético onde as informações se depositam como arquivos acessíveis a qualquer momento, onde o cérebro busca uma imagem/som já aprendido ao receber uma perturbação energética conhecida.

Quando não existe um arquivo exato, ele procura por similaridade, ou não consegue decodificar a energia.

No xamanismo, pela orientação do condutor da meditação, se pede que um animal de poder se apresente referente ao assunto que se deseja trabalhar na mesma.

A mente buscará a energia no campo informacional, ligada ao mesmo, e a decodificará como um animal, se pedirmos que seja como uma flor, um objeto, assim ela fará, influída pelo comando sugerido. Muitas vezes a imagem do animal que surge é de um que admiramos e/ou conhecemos e por aprendizado ficará mais acessível na mente, onde acabamos gerando imagens dos animais mais comuns ligados ao nosso conhecimento do meio xamanico.





Também podemos constatar que além de nossa mente que atua no nível consciente e que comanda nossas escolhas, temos uma serie de inteligências orgânicas, semi autônomas, que garantem nossa sobrevivência. Elas fazem parte fisicamente de nosso cérebro primordial, o reptiliano, onde estão sediadas as forças anímicas.

Entre estas inteligências estão o sistema nervoso central que representa nossa ligação com o presente e o mental, o sistema linfático que nos fornecem as defesas e trabalham como passado, o sistema digestorio, que se responsabiliza pela energia e reservas para o futuro, o respiratório com o meio, a pela com a sensibilidade, nosso limite da individualidade na matéria.

Se considerarmos que cada força da natureza em nós, cada qualidade, habilidade, são arquivos energéticos, como se fossem cristais que flutuam no nosso campo informacional, e nossa mente só reconhece aquilo com o que já teve contato, e é extremamente limitada na interpretação de campos energéticos, da percepção sensorial, ela busca naquilo que conhece, e nas nossas crenças, no significado que cada objeto ou ser tem para nós, como padrão de decodificação, então nosso animal de poder se apresenta conforme nossa carga emocional, nossa interpretação desta energia.

É incrível para se imaginar, que quando se pede para uma destas inteligências autônomas do corpo físico, ou pedimos ao nosso inconsciente para trabalharmos um determinado conteúdo, que nos gera desarmonia, pela busca do corpo pela sua melhor condição, por sua homeostase, ele se associa ao processo de cura, trazendo a imagem simbólica necessária para que possamos interagir e compreender com este conteúdo, de forma que ressignificando e/ou desintegrando sua componente energética estagnada, possamos nos curar.

A mente, muitas vezes gera o esquecimento de um trauma emocional, porém o corpo físico mantém todos os registros, com todos os mínimos detalhes, o uso do arquétipo de animal de poder se torna uma ferramenta eficaz, inclusive possibilita se colocar a pessoa como observadora do seu processo, trazendo lucidez sobre o fato, sem a necessidade de reviver a dor, e mesmo que houver catarse será apenas a necessária para consumir a carga energética associada. Além do que muitas vezes uma parte nossa emocional que ficou retida e congelada, no tempo e espaço na situação, gerando uma perda de um pedaço de alma, o que por si só gera uma perda de nossa integridade, e com auxílio do animal de poder, atuando como uma força da Natureza em nosso corpo, sabe exatamente qual é a assinatura energética desta parte, e pode acessá-la, retirando-a do congelamento, e pela conscientização, pode-se reprogramá-la, reintegrando a mesma ao momento atual, gerando cura do trauma causador da dor.



Porém, quando a meditação xamanica é utilizada de forma consciente e orientada por um terapeuta, que possui as habilidades do xamã, ele tornando em uma ferramenta da cura do Ser, ativando através de seu conteúdo energético o do cliente, magnificando-o, ajudando que suas próprias forças internas localizem e trabalhem o próprio conteúdo, e restaurem sua integridade, e reconexão perfeita e livre entre todos os corpos, alma, seu próprio espírito e sua essência.

No xamanismo trabalha-se com o viajante, retirando-o do mundo problemático externo, ajudamo-lo a se harmonizar através do reequilíbrio energético (limpeza e alinhamento de chacras), despertamos suas forças internas inconscientes, elevando o padrão vibracional até que ela atinja seu melhor estado energético, para reconecta-la ao seu próprio espirito, e que quando ela atinge este estado de equilíbrio senso-emocional, ele possa perceber a si mesmo e seus problemas com um olhar sem julgamentos, portanto sem culpas, e pesos desnecessários, com a compaixão e sabedoria inerentes de seu eu Superior, e pela meditação e condução gerar sua própria cura.


Para isto precisamos entender o papel do terapeuta-xamã:


O xamã é aquela pessoa, mais do que o estudioso das tradições ancestrais e suas ritualísticas, aquele que desenvolve em si a hiperconsciência, sendo capazes de ouvir e se comunicar com a Natureza e os espíritos que a compõe, consegue ressoá-los em si, e se permite ser seu mensageiro, como medianeiro do que a Natureza que reside em cada um de nós deseja expressar, torna-se sua voz, intérprete do corpo-mente e da essência do outro que lhe busca solicitando apoio no caminho da própria descoberta, porém, o faz com o coração limpo de crenças de certo-errado, que geram julgamentos, com sua própria mente silencioso estando apenas no Bem, deixando seu melhor fluir de sua alma, e com a capacidade de perceber no conflito do outro, com a isenção daquele que olha seus próprios conflitos. Sabe como é difícil decidir explorar o desconhecido mundo que existe dentro de nós, por já ter mergulhado em si mesmo, e está em constante trabalho com sua própria consciência, suas sombras, medos, habilidades, para obter a posse de si, sendo através disto capaz de identificar o que é seu conteúdo psicológico e o que é o de externo a si.

Então o terapeuta- xamã então se torna não somente aquele que é mestre em rituais, conhecedor das técnicas, mas aquele que adquiriu a capacidade de se reconectar com o seu próprio espírito capaz viajar no tempo e espaço, indo buscar e despertar no inconsciente daquele a quem ele conduz em meditação o processo a ser trabalhado pela consciência não do xamã, mas pela própria pessoa, não pela informação descrita, mas porque a própria pessoa vivencia a experiência com toda sua senso-percepção, pois a cura só pode ser realizada na pessoa que sente e compreende o seu próprio processo. Neste sentido, o xamã moderno, urbano, tem a função de ajudar ao viajante a interpretar a sua própria alma, possibilitando uma conversa de alma com alma, de corpo com corpo, ou mais tecnicamente permitir que sua sensibilidade e capacidade de navegar pelos seis sentidos percebam e decodifique o campo vibracional de seu cliente, de forma que todas as suas partes conscientes e inconscientes possam ser ouvidas, expressar o que as incomoda, onde existe desacordo entre elas, gerando tensões e doenças, prejudicando a integridade do Ser, que é mais que um corpo e mente, mas sim um complexo de energias em movimento e trazendo na atuação transenergética, uma coerência, organização no fluxo energético pessoal, gerando saúde e paz interior.

A cura vem quando a consciência toma para si as rédeas da situação, gerando a compreensão, ressignificação, desprogramando o adestramento da mente, se libertando dos padrões repetitivos dolorosos, pois o aprendizado necessário é realizado durante a meditação, não sendo mais necessário vivenciá-lo na vida real


Veja artigos em: www.stum.com.br/ingridmonica

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